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É possível reverter ataques cibernéticos?

São Paulo, 14 de junho de 2023 – A segurança da informação deve ser algo priorizado pelas empresas, independente do ramo, principalmente em um contexto cujos ataques cibernéticos às organizações crescem exponencialmente.

Para termos uma ideia, o Brasil ocupa o ranking dos países mais vulneráveis a invasões realizadas por hackers. Segundo dados da Check Point Research (CPR), as organizações brasileiras foram atacadas 1.540 vezes por semana, representando um aumento de 46% apenas no segundo trimestre de 2022.

Essas invasões proporcionam diversos transtornos para as empresas, podendo inclusive causas danos permanentes à sua imagem.

No entanto, é possível adotar diversas estratégias que evitam esses problemas. É possível, até mesmo, a reversão desses ataques. Pensando nisso, criamos este artigo que debaterá esse assunto e mostrará a você sobre a possibilidade de as empresas reverterem ataques cibernéticos. Continue por aqui e confira!

Quais as consequências dos ataques cibernéticos para as organizações?

Atualmente, as empresas lidam com um grande volume de informações e muitas delas dizem respeito a dados sigilosos e valiosos para a organização. Nesse contexto, qualquer vulnerabilidade que ponha em risco a segurança desses ativos pode custar muito caro para as organizações. Por isso, medidas preventivas devem fazer parte do seu investimento em segurança.

Desse modo, as políticas evitam ações maliciosas que impactam, de maneira negativa, a imagem da empresa frente a um mercado competitivo, acarretando perdas materiais e imateriais.

Escândalos Mundiais

Não raro, podemos assistir às repercussões mundiais de ataques cibernéticos a multinacionais. Um exemplo foi o caso da Sony Pictures, que, em 2014, foi vítima de um ataque que expôs cerca de 100 terabytes de dados confidenciais, entre eles, informações de funcionários e filmes, até então, não lançados.

Essa situação gera uma crise significativa, mesmo em empresas consolidadas. Veja, a seguir, algumas consequências dos ataques cibernéticos para as organizações:

Roubo de dados

Como ocorreu no caso da Sony Pictures, as empresas que não investem em segurança da informação, ou que não realizam um trabalho de monitoramento de vulnerabilidades, podem permitir, ainda que sem intenção, que pessoas não autorizadas tenham acesso e controle das suas aplicações.

Quando isso acontece, dados são roubados e utilizados de modo inadequado. Além disso, golpes diversos podem ser aplicados a partir de informações sigilosas em nome de determinada empresa.

Perda de credibilidade e danos à imagem

Geralmente, as organizações trabalham com um alto volume de dados pessoais e sigilosos — como dados bancários — de clientes, funcionários e fornecedores. Dessa forma, quando acontecem ataques cibernéticos que promovem a insegurança desses ativos, a reputação fica severamente comprometida.

É importante salientar que a consolidação da imagem de uma empresa leva anos para ser construída. No entanto, basta que as pessoas que fazem parte dela — direta ou indiretamente — constatem a ausência de segurança, para que a sua reputação fique permanentemente abalada. Em alguns casos, os danos são tão extensos que pode, até mesmo, levar o negócio à falência.

Perda de espaço no mercado

Um ataque cibernético repercute em diversos setores de uma empresa. Nesse sentido, essas invasões afetam de modo direto a competitividade da organização, uma vez que, ao ocorrerem falhas graves na segurança, a cadeia de produção e o trabalho de logística é atingido.

Esse cenário de crise gera custos que até então não estavam previstos, pondo em xeque todo o planejamento o que, consequentemente, acaba impactando nas avaliações dos clientes.

Prejuízos financeiros

Um estudo desenvolvido pela U.S. National Cyber Security Alliance, uma organização americana sem fins lucrativos, constatou que cerca de 60% das pequenas empresas que sofrem ataques cibernéticos, nos Estados Unidos, vão à falência em até 6 meses.

Isso acontece porque a maioria delas não tem poder aquisitivo o suficiente para reparar os danos causados pelas invasões, que, para as pequenas de pequeno e médio porte, podem custar até 1 milhão de dólares.

Processos judiciais e multas

No Brasil, a vigência da Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais (LGPD) deu início a um marco na proteção de dados de pessoas físicas. Entre as exigências previstas pela lei, está aquela que obriga as empresas a assegurar e controlar os dados de seus clientes, fornecedores, funcionários e prestadores de serviço.

Desse modo, caso incorra em falhas na segurança que exponham essas informações, as organizações podem virar ré em processos judiciais, obrigadas a pagar multas ou cumprir outras sanções. Elas podem, até mesmo, realizar a paralisação das atividades do negócio relacionados com a infração.

Quais são as consequências legais da violação cibernética?

Hoje, no Brasil, com a vigência da Lei 13.709/2018 — a LGPD —, as empresas devem cumprir uma série de exigências para garantir a proteção de informações pessoais dos usuários.

Nesse sentido, caso os dados sejam acidentalmente ou deliberadamente expostos, utilizados de modo inadequado ou sem o consentimento do titular, as organizações estão sujeitas a penalidades que podem variar de advertência ao pagamento de multas, sem o prejuízo de outras sanções de natureza civil ou penal.

Isso vale para as organizações que não implementam políticas que visem a segurança das informações. Ou seja, é fundamental para qualquer empresa a adoção de medidas capazes de proteger dados e evitar transtornos para si e para outrem.

Quais os principais tipos de ataque e quais os danos?

Com o rápido avanço tecnológico, aprimoram-se as formas e quantidade de ataques que podem ser feitos em sistemas nas organizações. Essas invasões denunciam como muitas vezes as empresas ainda possuem vulnerabilidades que precisam ser revistas, devido a ausência de investimento em tecnologias de segurança cibernética.

Assim, uma das primeiras medidas que devem ser tomadas é o estudo sobre os principais métodos utilizados, entendendo como os cibercriminosos costumam agir. Veja alguns dos ataques mais comuns e as suas consequências:

Phishing

O Phishing é uma estratégia de invasão do âmbito da engenharia social, que se beneficia da confiança oferecida por um usuário, a fim de roubar os seus dados. Nesse caso, o invasor finge ser uma pessoa — física ou jurídica, como instituições reconhecidas — e, por exemplo, envia links maliciosos por meio de e-mails falsos, bate-papo nas redes sociais ou aplicativos de conversa.

É muito comum um usuário receber, por exemplo, um e-mail cujo remetente é, supostamente, a Previdência Social, que solicita alguma informação sigilosa (algo que nunca acontece por parte de órgãos públicos e empresas sérias). Ao passar esses dados, a vítima coloca as suas informações em poder de um desconhecido, que poderá, a partir daí, aplicar o golpe.

Decoy

No Decoy, o hacker se faz passar por um programa legítimo e induz o usuário a realizar o login. Em seguida, armazena suas informações para utilizar posteriormente.

Essa pode ser, inclusive, uma etapa posterior ao ataque de phishing. O primeiro faz com que o usuário instale o programa no dispositivo, iniciando a segunda camada da ação, que seria o Decoy.

Ataque DoS (Denial Of Service)

O ataque DoS pode ser traduzido como ataque de negação de serviço. Seu método consiste em sobrecarregar um servidor ou computador com um grande número de solicitações de pacotes de dados.

Na prática, o sistema não responde mais e permanece indisponível, uma vez que a solicitação não pode ser processada. Dessa forma, não é considerada uma invasão.

Ataque DDoS

Embora um ataque DoS envolva um único computador, solicitando vários pacotes de dados de um servidor, ele não pode interromper um sistema mais robusto. Portanto, existe uma tecnologia mais avançada, denominada Distributed Denial of Service ou em português Ataque Distribuído de Negação de Serviço.

Como o nome indica, um ataque distribuído de negação de serviço que compartilha solicitações para várias máquinas. É como se um computador mestre dominasse outros, fazendo com que eles acessassem simultaneamente o mesmo recurso do servidor, criando uma sobrecarga até mesmo em alvos mais poderosos.

Spoofing

O termo spoofing pode ser traduzido como falsificação e se relaciona com a adulteração de endereços IP, DNS e e-mail. Por meio dessa prática, os criminosos podem se passar por uma fonte de IP confiável, editar cabeçalhos de e-mail para parecer legítimos ou modificar o DNS para redirecionar um determinado nome de domínio para outro endereço IP.

Embora o phishing e o spoofing pareçam semelhantes, eles usam técnicas diferentes. O phishing como recurso de engenharia social não requer necessariamente o download de malware, pois o objetivo é roubar as informações confidenciais do usuário. Já o spoofing visa roubar a identidade do usuário, fazendo-o se passar por outra pessoa.

No entanto, o phishing pode gerar uma falsificação (Spoofing) com objetivo de enganar os usuários. Por exemplo, ele poderia enviar um e-mail com uma identidade falsa que incluísse um link para um site de banco adulterado, em que o usuário seria levado a inserir suas informações financeiras, como dados de acesso.

Backdoor

Um backdoor é uma espécie de Cavalo de Tróia (Trojan). Esse último é um tipo de malware que acessa um dispositivo fingindo que é um programa comum e cria uma porta de acesso para um cibercriminoso agir.

Assim, o backdoor que permite ao invasor a obtenção de acesso a um sistema infectado e o assuma remotamente. Com essas permissões, os invasores podem abrir, modificar e excluir arquivos, executar programas, instalar malware e enviar e-mails em massa.

Embora o backdoor seja um tipo de Cavalo de Tróia, os conceitos não se equivalem: muitos tipos do Cavalo de Tróia podem ter a funcionalidade backdoor para acessar máquinas, mas, há backdoors que já podem vir instalados em determinados sistemas ou aplicativos.

É importante salientar que nem sempre o backdoor é utilizado para fins criminosos. Assim, eles geralmente já se encontram instalados pelos próprios desenvolvedores do sistema e dos apps, têm a possibilidade de serem utilizados por usuários legítimos no trabalho de atualizações ou manutenções.

Essa prática, apesar de facilitar determinadas tarefas, vulnerabiliza a segurança dos dados, uma vez que pessoas mal-intencionadas podem se aproveitar para acessar os sistemas.

Manipulação de URL

Alguns hackers usam ataques de manipulação de URL para fazer um servidor transmitir páginas que não está autorizado a acessar. Na verdade, os usuários só podem acessar os links fornecidos pelas páginas do site.

No entanto, se o usuário alterar manualmente a URL, ele pode tentar diferentes combinações para chegar ao endereço que oculta a área restrita. Os hackers também podem usar caracteres inesperados pelos desenvolvedores para fazer com que o site trate o caso. Assim, a página exibe uma mensagem de erro que pode emitir informações de cunho sigiloso.

Ataque DMA (Direct Memory Access)

Um Direct Memory Access, ou ataque de acesso direto à memória é um recurso que permite, ao hardware de uma máquina, ter acesso direto à memória sem passar pelo processador, fazendo com que a taxa de transferência e o processamento do computador sejam acelerados.

No entanto, mesmo sem um software específico, os hackers podem usar esse recurso para acessar os dados da memória, fazendo o uso de dispositivos periféricos.

Isso acontece por meio de um controlador dedicado, sem precisar instalar qualquer componente no dispositivo. E, por meio disso, o cibercriminoso consegue ter acesso a todas as informações contidas na memória, bem como ter acesso a todos os programas. É um mecanismo muito utilizado, principalmente, para quebrar criptografias e ter acesso a informações sigilosas.

Eavesdropping

Em um ataque de espionagem, os hackers usam diferentes sistemas de e-mail, mensagens instantâneas, telefones e serviços de Internet para violar a privacidade das vítimas, roubando seus dados para posterior uso indevido. Assim, o objetivo principal desse tipo de ataque é ficar à espreita, ou seja, não modifica as informações, apenas as intercepta e armazena.

Shoulder Surfing

Shoulder surfing é uma expressão estrangeira que significa “espiar sobre os ombros”. Portanto, não se refere a uma tecnologia ou ferramenta, mas sim um ato de observar a tela de um usuário enquanto ele acessa informações sigilosas.

Como se prevenir de ataques cibernéticos?

Com a evolução tecnológica, evoluíram também a intensidade e os tipos de ataque a sistemas. No entanto, em uma organização é possível adotar uma série de medidas que visem à prevenção dessas invasões.

É importante que essas práticas constituam parte da cultura da empresa, de modo que, até mesmo os novos colaboradores sejam preparados, de antemão, a colaborarem com a segurança da informação. Veja algumas práticas ajudam a fortalecer a segurança da informação:

Investimento em ferramentas que protejam os dados e simulem ataques

Existem diversas plataformas que auxiliam na análise e mapeamento de falhas e na proteção de portas de entrada de crackers, evitando as invasões mais rapidamente. Outras soluções permitem a simulação de ataques e expõem vulnerabilidades que possam existir na organização.

Dessa forma, tornam possíveis os planos de ação que ajudam a prevenir ou reduzir a incidência de invasões e sequestro de dados. Outro ponto que merece ganhar atenção são as práticas de backup automático e outras medidas que previnem a perda de dados e a proteção da privacidade.de privacidade.

Políticas de Segurança da informação

Desenvolver Políticas de Segurança da Informação é outra medida que ajuda a mitigar o acesso não autorizado a sistemas. Inclusive, essa é uma boa prática internacional de cibersegurança.

Nesse sentido, o programa deve ser centrado na área de Tecnologia da Informação, contando com diversas medidas — tanto de cunho interno, como de cunho externo — que orientem sobre o uso de dados, de documentos sigilosos, contando também com o uso de dispositivos que garantam verificação em várias etapas, entre outras normas que visem instruir todos os membros da organização.

Promoção de treinamentos periódicos para os colaboradores

Como mencionamos, uma das formas de ataques bastante utilizada para obter acesso não autorizado a servidores é aquela que conta com o descuido de quem está lidando com o sistema: a famosa engenharia social.

Por isso, é imprescindível que as empresas forneçam aos colaboradores treinamentos periódicos a fim de, não apenas proteger os dados da organização, mas também criar uma cultura organizacional que promova a segurança.

É preciso salientar que os departamentos devem trabalhar de forma integrada, ou seja, as áreas de Desenvolvimento Humano e Segurança de Informação precisam estar conectadas. Assim, a junção entre boas ferramentas e softwares, aliados a processos consistentes e funcionários bem treinados podem reduzir, de maneira drástica, a quantidade de ataques cibernéticos.

Promoção da cultura de gestão de riscos

Você viu a importância dos treinamentos periódicos, com objetivo de reduzir a probabilidade de ataques. Nesse contexto, além de evitarem transtornos desse tipo, também promovem uma cultura de gestão de riscos, o que possibilita a continuidade dos negócios e, portanto, menor risco de crise financeira e possível falência.

Assim, treinamento, diretrizes e políticas bem estruturadas, abertura a questionamentos e novos modelos de trabalho são alguns aspectos que reforçam essa cultura.

Preparo para agir nos casos de sequestro de dados

A prática de sequestro de dados é também conhecida como Ransomware e acontece de modo automatizado, por meio de falhas na segurança. O objetivo principal é encriptar os dados encontrados e cobrar um pagamento para o seu resgate.

Data Governance dos dados e conteúdos sensíveis de uma empresa, como logins e senhas, sistema operacional atualizado e equipes treinadas para evitar ações que possibilitem ataques como phishing, por exemplo, são fatores no processo incessante de prevenção de ataques de ransomware.

Não se esqueça da redundância do sistema, ela facilita a disponibilidade de dados e informações em caso de hacking. Desse modo, se um servidor for atacado, servidores redundantes podem ser acionados para assegurar a continuidade das operações.

É possível reverter ataques cibernéticos?

Sabemos que, mesmo tomando todas as medidas de prevenção, ataques cibernéticos podem acontecer, pois tal ação depende de muitas variáveis. E, a organização precisa estar preparada para o momento em que isso ocorrerá, pois será preciso dar início a um plano de recuperação dos danos, que será feito por uma equipe de consultoria da área da Tecnologia da Informação.

Hoje, existem recursos tecnológicos capazes de agir em momentos de crises, como o caso de invasão, interceptação, ou sequestro de dados. Uma dessas soluções é o SentinelOne que vem revolucionando o mercado de proteção de antivírus.

SentinelOne

O SentinelOne é também conhecido como Next-generation endpoint, e a sua função primordial é integrar inteligência artificial de ponta, possuindo centenas de recursos para proteger contra as diversas ameaças digitais existentes. Esse mecanismo de orquestração é capaz de isolar, automaticamente, computadores infectados da rede e reverter ameaças (rollback).

O SentinelOne também tem a função de monitorar, constantemente, todos os processos executados nos servidores e computadores do ambiente e é considerada a melhor solução de segurança cibernética para a sua empresa na atualidade. Veja mais:

Reversão de ataques com SentinelOne

O recurso de Rollback (reversão de ataque) da solução SentinelOne acrescenta um valor significativo nas estratégias voltadas para segurança da informação, proporcionando proteção e mitigação de riscos de ataques diversos, mesmo nas situações em que a invasão já foi concretizada.

Esse recurso possui uma tecnologia de proteção do VSS (que mantém íntegras as cópias de backup de volumes e arquivos do computador), preservando a segurança sobre as tentativas de mudança e exclusão das cópias de sombra (ferramenta de recuperação que age em conjunto com o Backup). Essa ação garante que os backups continuem íntegros ao longo do tempo.

Além disso, o SentinelOne possui vários outros recursos utilizando inclusive técnicas como o Machine Learning e Static AI, voltados para monitorar constantemente todos os processos executados nos servidores e computadores da empresa. Utilizando de pouco consumo de memória e CPU para realizar esse trabalho.

Manter a continuidade dos processos e trabalhos da sua organização é fundamental para a manutenção do seu progresso. Por isso, contar com soluções como a SentinelOne é essencial, sendo essa uma ferramenta eficaz para reversão de ataques cibernéticos.

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